Credores aprovam plano de recuperação judicial do Guarani

O Guarani divulgou, nesta terça-feira (27), que a proposta de recuperação judicial do clube foi aprovada em uma assembleia de credores. Com isso, o Bugre poderá estabelecer prazos e orçamentos para quitar passivos acumulados dos últimos 25 anos.

Segundo o comunicado divulgado pela instituição, o plano prevê que dívidas cíveis e trabalhistas, que totalizam cerca de R$ 60 milhões, devem ser pagas em um período de 12 anos. Somente 21 dos quase 400 credores foram contrários à iniciativa desenvolvida.

O Guarani informou que a aprovação do projeto vai permitir a reestruturação financeira e operacional do clube. Bloqueios financeiros e penhoras vão deixar de existir com a execução da recuperação judicial.

O CEO do Bugre, Ricardo Moisés – afastado do departamento de futebol em fevereiro – afirmou que o instrumento jurídico irá trazer melhoras ao clube no longo prazo. “De forma viável, vamos pagando dívidas antigas que assombram o clube e não nos deixam prosperar há anos. Com equilíbrio, administração e organização pagaremos nossos credores nos próximos anos e teremos um futuro muito melhor”, disse, em entrevista ao site oficial.

O presidente do conselho fiscal do Guarani, Fábio Araújo, detalhou o processo de desenvolvimento do plano. “Foram dois anos de trabalho diário para chegarmos nessa assembleia e começarmos a escrever uma nova página na história do Guarani. Um clube da nossa grandeza merece grandes passos por um futuro vencedor”, declarou.

Para entrar em vigor, a recuperação judicial ainda depende de homologação do Tribunal de Justiça de São Paulo.