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Ituano x Guarani: Como joga o Ituano? Confira a análise tática!

Por Nossa Taba, em 27/01/24

O Guarani vai até Itu, neste sábado, 27/01, as 20hs, em busca de sua primeira vitória no Paulistão 2024, contra a equipe do Ituano.

E como vem o adversário do Bugre?

O ano de 2023 foi, no mínimo, um ano atípico para o torcedor do Galo de Itu. No Paulistão, o time brigou contra o rebaixamento durante todo o campeonato mas, com uma vitória na última rodada, se classificou para às quartas de final, onde eliminou o Corinthians, nos pênaltis, dentro da Neo Química Arena lotada. Na semifinal acabou eliminado pelo Palmeiras (que viria, posteriormente, se sagrar o campeão da competição). Já no Brasileirão, depois de um 2022 em que a equipe de Itu brigou pelo acesso até a última rodada, 2023 foi decepcionante. O time parece não ter encontrado um encaixe e foi mais um campeonato em que o rubro-negro de Itu lutou contra o descenso.

Para 2024 o técnico Marcinho foi mantido e, apesar de ter conseguido segurar a base do time principal, a equipe perdeu alguns de seus destaques e a resposta da diretoria foi encorpar o elenco, inclusive trazendo jogadores conhecidos, como Jean Pyerre (ex-Grêmio) e Thonny Anderson (ex-RB Bragantino).

Mesmo assim o time iniciou o ano oscilando. Na primeira rodada, jogando no ABC paulista, o Ituano foi facilmente superado pelo São Bernardo, por 2 x 0 sem conseguir, sequer, dar um único chute a gol. Porém, logo na sequência, pela 2ª rodada, o Ituano venceu o todo poderoso Corinthians, no mesmo palco do jogo contra o Bugre, por 1×0.

Sendo assim, o provável Ituano para enfrentar o Guarani deve ter: Jefferson Paulino; Léo Duarte, Claudinho, Marcel e Jonathan Silva; José Aldo, Yan Rolim (Miquéias), Eduardo Person e Thonny Anderson (Jean Pyerre); Pablo Diogo (Felipe Fonseca) e Salatiel.

Como joga?

O Ituano é um time montado para jogar em transição, sua linha defensiva se aproveita do bom jogo com os pés do goleiro Jefferson Paulino para criar situações que atraiam o adversário e construam superioridade numérica para sair com a bola pelo chão, se aproveitando da composição mais robusta de um meio-campo compacto e versátil. Não é um time tão propositivo, mas é um time que sabe o que fazer com a bola, principalmente na hora de acelerar as jogadas, tanto pela beirada, quanto pelo meio, com infiltrações e triangulações características do futebol apoiado.

Como ataca?

O técnico Marcinho prefere a saída com a linha de 4 e a aproximação dos 3 meio-campistas de transição, buscando conexões mais curtas, seja pelo lado, seja pelo meio, tentando quebrar as linhas do adversário com superioridade numérica e movimentações características da plataforma tática e do padrão de jogo do Ituano. A partir daí, com o meio-campo preenchido, os laterais tem liberdade para subir e dobrar com o atacante de mais mobilidade ou com o meia de armação/criação, enquanto o centroavante de origem busca o espaço entre os zagueiros, nas entrelinhas do adversário. Um time que ataca e defende em blocos, muito bem treinado e com jogadores que reforçam as características dessa estrutura.

Como defende?

Mesmo com o adversário jogando em transição, o Guarani não irá encontrar um Ituano fechado, com as linhas baixas durante o jogo todo. A marcação do Galo de Itu começa com uma “meia pressão”, para confundir e gerar desconforto para o adversário através de subidas inesperadas. Isso se acontece para que o Galo de Itu consiga entender o adversário, fazer a leitura do jogo e encaixar sua marcação. Mas é fato que, dependendo da situação, o Ituano não tem problema em baixar suas linhas e já mostrou que, caso isso aconteça, sabe sofrer.

A defesa vem em uma primeira linha de 3 jogadores, que podem pressionar ou apenas buscar fechar as linhas de passe, atrasando a progressão e não permitindo avanços significativos. A segunda linha, até por conter 3 meio-campistas, é o setor que mais incomoda o adversário, picotando o jogo, dificultando o jogo de infiltração e “empurrando” o adversário para os lados do campo. Sem dúvida, ter 3 jogadores que podem atuar em todas as funções do meio-campo, facilita o posicionamento e tornam as transições (ofensivas e defensivas) mais fáceis e naturais. E a última linha, mais tradicional, é com dois zagueiros de boa impulsão, colocação e velocidade, além de laterais voluntariosos, que ajudam a sustentar a defesa as dobras e coberturas. A verdade é que o Ituano sabe se defender e muito bem.

Pontos fortes:

• A facilidade de jogar com os pés, do goleiro Jefferson Paulino, ajuda demais na saída de bola, permitindo que o time “balance”, buscando escapar da marcação e facilitar a transição ofensiva.

• ⁠Uma defesa sólida, rápida e bem posicionada, dificilmente comete falhas.

• ⁠Um meio-campo composto por 3 “camisas 8” que se alternam nas subidas e descidas, com movimentação constante e ataque de espaços vazios.

• ⁠A mescla de experiência e juventude, além da continuidade do trabalho do técnico Marcinho, faz com que o elenco conheça bem o estilo de jogo e consiga executar as mecânicas direcionadas pelo seu comandante.

• ⁠Um time que ataca e defende em blocos, sempre compacto, raramente concede espaços se recompondo rápido, devido a eficiência de sua transição defensiva.

Pontos fracos:

• Apesar do excelente jogo com os pés de seu goleiro e de toda a consciência defensiva que a equipe ituana tem, é possível explorar espaços deixados nas entrelinhas, principalmente pela ausência de um volante de mais contenção, que sustente o tripé do meio-campo.

• ⁠Do mesmo jeito que o meio-campistas se movimentam e dão dinamismo, a falta de um volante de origem (de mais pegada e marcação) pode ser explorada para dominar esse setor. Apesar de técnico, o meio-campo do Ituano não tem tanta velocidade.

• ⁠O ataque, sem dúvidas, ainda é um setor que ainda não encaixou, na equipe do Ituano. Apesar do fato de Salatiel ser um artilheiro nato, a falta de velocidade e a idade avançada jogam contra o centroavante do Galo de Itu.

• ⁠O elenco, mesmo com reposições robustas, ainda não está, todo, 100% em condições de ajudar da melhor forma, deixando o técnico Marcinho por vezes, com poucas opções para mudar o panorama de uma partida.

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