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Análise Tática: Guarani x Novorizontino

Por Nossa Taba, em 11/02/24

Nesta segunda-feira, dia 12/02, as 21hs, o Bugre vai até o Novo Horizonte, para enfrentar o Tigre do Vale, em partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Paulista 2024.

O alviverde campineiro continua na última colocação do grupo B, com apenas quatro pontos ganhos em 18 disputados (uma vitória, um empate e quatro derrotas), enquanto o aurinegro gremista é o terceiro colocado do grupo D, com nove pontos (duas vitórias, três empates e uma derrota).

Como vem o Grêmio Novorizontino?

Depois de um 2023 muito positivo, o Tigre do Vale veio para 2024 como SAF e com as expectativas bem altas. Até porque, no ano passado, a equipe teve muitos motivos para comemorar, entre eles estão o vice-campeonato da série A2 do Estadual (que garantiu a participação na série A1 deste ano) e a quinta colocação no Campeonato Brasileiro, batendo na trave, em relação ao acesso, na competição nacional.

Para chegar ainda mais longe, em 2024, o aurinegro gremista manteve o técnico Eduardo Baptista (no clube desde o final de 2022), a base do elenco vitorioso, do ano passado, e, mesmo com a saída de alguns atletas importantes, como o lateral-esquerdo Roberto (que se transferiu para o Vila Nova), o volante Ricardinho (contratado pela Portuguesa/SP) e os atacantes Aylon (Ceará), Douglas Baggio (Botafogo-SP) e Zé Roberto (Operário/PR), se reforçou muito bem, com jogadores experientes e conhecidos nacionalmente, como o goleiro Airton (ex-Chapecoense), os zagueiros Rafael Donato (ex-Vila Nova) e Chico (ex-Sport), os laterais Danilo Barcelos (ex-Ceará) e Rodrigo Soares (ex-Atlético/GO), o volantes William Farias (ex-Coritiba) e os atacantes Lucca (que estava na Tailândia), Wagninho (ex-Guarani), Neto Pessoa (ex-Vila Nova) e Fabrício Daniel (que acabou de rescindir com o Coritiba para acertar, em definitivo, com o a equipe de Novo Horizonte), entre outros.

Para o jogo contra o Guarani, com o departamento médico cheio, o treinador não poderá contar com Rodrigo Soares, César Martins, Vitinho, Paulo Vitor, Léo Tocantins, Paulo Eduardo e João Afonso, todos lesionados, mas, por outro lado, pode promover a estreia de Rafael Donato, recuperado.

Buscando a reabilitação, depois de perder a invencibilidade na última rodada (2×0, para o RB Bragantino, no Dr. Jorge Ismael de Biasi) o provável Novorizontino, para enfrentar o Bugre, nessa segunda-feira, deve ter: Jordi; Luisão, Renato e Chico; William Lepo (Raul Prata), Geovane, William Farias e Danilo Barcelos (Reverson); Marlon (Wagninho) e Rômulo (Lucca); Jenison (Neto Pessoa).

Como joga?

Em um 3-4-2-1, que pode variar, tanto para o 4-3-3, quanto para o 3-4-3, o Tigre do Vale, bem ao estilo de seu treinador, costuma jogar um futebol posicional, bastante vertical e com setores bem próximos e robustos. O aurinegro gremista não costuma controlar o jogo através da posse de bola (como mostram as estatísticas de suas partidas) mas, sim, pela força e pela superioridade de seu meio campo, muito técnico, articulado e físico, fazendo o adversário “jogar o seu jogo”.

Tudo começa em uma linha de três zagueiros, para fortalecer a defesa e, também, para dar vantagem numérica e opções, na saída de bola, mas é na segunda linha (a de meio-campo) com dois alas e dois volantes (jogando lado-a-lado) se somando aos dois meias (ou meio-campistas), que o Novorizontino tem sua principal força. Essas linhas “flutuam”, subindo e descendo, atacando e defendendo, fazendo com que o Tigre do Vale coloque seus rivais em desconforto e dificuldades por ter, sempre, um elevado número de atletas onde a bola está, estando o aurinegro gremista com a posse ou tentando recuperá-la.

O centroavante fixo é, dependendo da perspectiva, a última ou a primeira linha, mas sempre uma peça fundamental desse esquema, já que da o primeiro combate e é, nas situações de ataque, o principal responsável por fazer os gols.

Como ataca?

No 3-2-5, com características posicionais, mesmo não ficando tanto com a bola e com uma postura mais reativa, o Novorizontino domina os adversários através de seu próprio estilo de jogo, sempre com o foco em ter mais jogadores do que o adversário, em qualquer setor do campo, jogando na antecipação e combate rápido, dobrado com velocidade, seja pelos lados ou pelo meio.

A primeira linha já oferece, com seus defensores, a saída em três (Lavolpiana), enquanto os alas e os volantes “balançam” o bloco de meio, tentando dar opções de quebra da marcação adversária. O Tigre do Vale joga de forma extremamente vertical, buscando velocidade no encaixe desses primeiros passes para proporcionar uma transição ofensiva rápida e qualificada.

Quando isso não acontece “de cara” o aurinegro gremista costuma tentar o lançamento para o centroavante “escorar” e o meio-campo progredir, a partir da segunda bola. Mas, na maioria das vezes, por causa da superioridade na quantidade de atletas dando opção, essa saída funciona, com os alas avançando, dando profundidade e alargando o campo, os volantes fazendo a transição, o centroavante fazendo volume, segurando os zagueiros e abrindo espaços entre os zagueiros e os laterais adversários para a infiltração dos meias, no espaço das entrelinhas.

Como Defende?

Um 5-4-1, esse bloco móvel, com as linhas descendo e subindo juntas, sempre em vantagem numérica de jogadores, fazem do Novorizontino um time que se defende muito bem. Os alas “baixam” e formam, junto aos três zagueiros, um sistema defensivo compacto, forte e muito coeso, com mecânicas de dobras e coberturas muito bem treinadas e organizadas. Os meias se juntam aos volantes, na segunda linha, deixando o meio congestionado e os lados reforçados pelas trocas, resultado de uma transição defensiva quase perfeita. O centroavante fecha os primeiros passes, enquanto o bloco defesa/meio “flutua”, buscando antecipações e botes rápidos, que podem proporcionar contra-ataques rápidos e muito eficientes.

Pontos fortes:

  • A continuidade, tanto do treinador, quanto da maior parte do elenco, trazem um entrosamento pouco comum nesse início de temporada.
  • Zaga forte (inclusive fisicamente) com a bola aérea, defensiva e ofensiva, como especialidade.
  • ⁠Meio-campo de muita qualidade, defensiva e ofensiva, fazendo transições de muita qualidade.
  • ⁠Elenco muito qualificado, com, pelo menos, duas boas opções para cada posição.
  • ⁠A intensidade é uma das principais marcas da equipe treinada por Eduardo Baptista.

    Pontos fracos:
  • o goleiro Jordi (que falhou, novamente, na última rodada) não é unanimidade no Novorizontino. Tanto que a diretoria trouxe Airton (ex-Chapecoense) para ser a sombra do, até então, titular.
  • ⁠a defesa tem força e estatura, mas fica devendo na velocidade e, justamente por isso, quase não sobe a última linha.
  • ⁠Apesar das dobras pela lateral defensiva, nenhum dos laterais tem a marcação como principal característica.
  • ⁠Essa superioridade numérica do meio-campo faz com que, com certa frequência, o atacante de referência fique um tanto isolado.
  • ⁠Um time formado por muitos jogadores experientes pode apresentar oscilações, principalmente com essa sequência de jogos.