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Corinthians x Guarani – Como joga o primeiro adversário do Bugre? Confira a análise tática!

Por Nossa Taba, em 20/01/24

O Guarani inicia sua trajetória no Campeonato Paulista da Série A1 neste domingo, às 18h, diante do Corinthians, na Neo Química Arena. O Bugre deve vir bastante reformulado para esse primeiro confronto e contar com algumas novidades, entretanto, o primeiro adversário também mudou bastante e é sobre isso que vamos falar.

Como vem esse Corinthians? Todo remodelado, depois de um 2023 abaixo das expectativas de seu torcedor, com um novo presidente eleito e uma renovação de plantel quase completa?

Então vem com a gente no Tiki-Tátika de hoje, “desvendar” o Timão:

Primeiro (e muito importante) vale ressaltar que o time que técnico Mano Menezes pretendia escalar tem, confirmados, 3 desfalques: os zagueiros Lucas Veríssimo (negociado com o Catar) e Gustavo Henrique (parte física), além do meia argentino Rodrigo Garro (não regularizado).

Sendo assim, o provável Corinthians para enfrentar o Guarani na estreia de ambos, pelo Paulistão, será: Cássio, Fagner, Felix Torres, Caetano e Hugo; Raniele, Maycon, Matheus Araújo e Matías Rojas; Romero e Yuri Alberto

Como joga?

O Timão tem a “cara”, o jeito de jogar e o estilo marcante de Mano Menezes (e nem poderia ser diferente)!

O 4-4-2 tradicional, com a 1ª linha composta por 4 jogadores que, mesmo em transição, não abandonam essa formação, oferece uma saída de jogo com mais opções de passe, ao mesmo tempo em que mantém um bom número de jogadores mais próximos da própria meta, no caso de algo dar errado.

A 2ª linha, com 2 volantes e 2 meias, aumenta o volume do meio-campo, aproxima os jogadores, oferece soluções de passe e, consequentemente, ajuda na transição, na “quebra da 1ª linha” da marcação adversária e facilita a movimentação “em blocos”. Os 2 meias mais avançados, apesar de não darem profundidade, jogam abertos, buscando os espaços nas entrelinhas para jogar, criar, armar e, principalmente, finalizar. Ajudam os volantes na transição e os laterais no aprofundamento, sempre oferecendo aproximação e opção de passe qualificado, que faz muita diferença nesse espaço do campo.

O ataque, já conhecido pela torcida do corintiana (e por seus adversários) conta com dois jogadores de estilos muito diferentes, mas que já mostraram que sabem (e gostam de) fazer gols! Enquanto Romero oferece a técnica, a velocidade e a versatilidade, Yuri Alberto oferece a finalização, a força e a presença de área de um centroavante de muita qualidade.

Como ataca?

O Corinthians, até pela ausência de extremos e da subida mais “cautelosa” de seus laterais, busca dominar o meio de campo e, através da aproximação, criar superioridade, achar espaços e jogadas de infiltração. Raniele é o volante mais defensivo, geralmente cobrindo a subida de im dis laterais ou do próprio Maycon que, apesar de ser volante, tem as qualidades e requisitos de um meia. Estando “saudável”, costuma ser um diferencial.

Os meia tem muita qualidade individual, mas sabem jogar para o time. Eficientes nos passes e finalizações, buscam o espaço entre os laterais e os zagueiros. As jogadas pelos lados acontecem em menor número mas, sempre, com os laterais dando profundidade, sendo auxiliados por um dos meias de armação/criação, além do versátil atacante Ángel Romero.

Como defende?

Sem segredo, voltando ao 4-4-2 tradicional, o Corinthians de Mano Menezes não é um time conhecido por jogar só em bloco alto, médio ou baixo, variando muito, mesmo durante uma mesma partida, dependendo do adversário, da situação do jogo e, muito, do placar.

A 1ª linha defensiva é formada pelos 2 atacantes que, não deixam de ajudar, mas entendem a importância de se pouparem para a hora de atacar.

A 2ª linha coloca os 4 meio campistas postados, diferentemente de quando atacam, lado-a-lado. Enquanto os meias tentam dobrar com os laterais, ficando responsáveis pelo primeiro combate, pelos lados, os volantes se postam em frente a área, com um Maycon mais “caçador” e um Raniele mais “cão de guarda”.

A última linha, marca registrada de Mano Menezes, joga “afundada”, com 2 zagueiros (normalmente) físicos, bons no jogo aéreo e que não se incomodam em “jogar feio”, se necessário. Afinal, a máxima envelhece, mas permanece atual: bola para o mato, porque o jogo é de campeonato.

Pontos fortes:

  • Goleiro e zagueiros experientes, fortes na bola aérea, defensiva e ofensiva.
  • meio-campo que tenta controlar a bola, quando tem a posse, ou matar a jogada, quando o adversário tenta progredir.
  • Ataque formado por jogadores de qualidade técnica acima da média, na maioria das vezes, só precisam de uma chance.
  • Estádio sempre lotado e com a torcida apoiando do início ao fim.
  • Bom elenco, com jovens promissores e jogadores já consolidados, dão a Mano Menezes a oportunidade de mudar os rumos do jogo com uma substituição ou uma alteração no padrão tático.

Pontos fracos:

  • A defesa experiente, que prioriza a força, não é tão rápida e, principalmente, nas jogadas de infiltração, pode ter problemas.
  • O posicionamento de saída de bola, com a linha em 4, oferece (e quase obriga) aos jogadores, a troca de passes. E é aqui que tem residido algumas das maiores inquietações da torcida alvinegra que, além de ficar impaciente, já viu essa postura dar errado e gerar boas oportunidades e até gols para o adversário.
  • O meio de campo é técnico e isso não tem discussão mas, com exceção de Maycon e Raniele, tem dificuldades em marcar de forma mais aproximada, deixando muitos espaços pelas pontas.
  • Os atacantes, até por suas características, não tem jogadores que se esforçam tanto no primeiro combate, muitas vezes, sobrecarregando a 2ª linha e, consequentemente, empurrando o time para trás.
  • O estádio cheio e o apoio do torcedor, com o tempo, vão gerando precipitação de um time remodelado e que ainda busca mais efetividade, como é o caso do Corinthians de Mano Menezes que, em suma, como todo time grande que joga em casa, joga e deixa jogar.

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